Estudo aponta uma probabilidade 42% maior de perda cognitiva entre aqueles com deficiência auditiva, que é revertida com os dispositivos.
A perda da audição é um dos fatores que aumentam o risco para o desenvolvimento de um quadro de demência. Em 2020, a comissão da revista científica The Lancet sobre prevenção, intervenção e cuidado da demência apontou que cerca de 8% dos casos no mundo podem estar associados à deficiência auditiva.
Mas utilizar aparelhos auditivos pode reverter essa perda pode minimizar o risco, foi o que um time de pesquisadores concluiu a partir da análise de dados de quase 438 mil britânicos, disponíveis no banco de dados de saúde do Reino Unido.
Segundo a conclusão do trabalho, idosos que têm perda da audição, mas utilizam aparelhos auditivos para corrigir o problema, passam a ter um risco para demência reduzido para o mesmo nível daqueles que não enfrentam a perda.
De acordo com o estudo, cerca de um quarto das pessoas (112 mil) tinham algum nível de perda da audição, mas apenas 11,7% delas usavam aparelho auditivo. Após corrigir outros fatores que poderiam influenciar no risco para demência, os pesquisadores observaram que aqueles com a deficiência que não utilizavam o dispositivo tinham uma chance 42% maior de desenvolver um quadro de demência. Porém, entre os que tinham o problema na audição, mas utilizavam aparelho, foi observado um aumento de apenas 0,4% em comparação com a população saudável, mudança no risco considerada insignificante pelos pesquisadores.
Este estudo fornece a melhor evidência até o momento para sugerir que aparelhos auditivos podem ser um tratamento minimamente invasivo e econômico para mitigar o impacto potencial da perda auditiva na demência”, afirma Dongshan Zhu, professor da Universidade de Shandong, na China, e autor do estudo, em comunicado.
Como reduzir o risco de demência?
Há outros hábitos simples que podem auxiliar a reduzir o risco de desenvolver um quadro de demência, síndrome causada por um conjunto de diagnósticos que leva a um comprometimento cognitivo, entre eles a doença de Alzheimer.
De forma resumida, as práticas para se incorporar ao cotidiano são; Permanecer ativo, adotar uma alimentação saudável, não fumar, acompanhar sua pressão arterial periodicamente para mante-la adequada, controlar o colesterol, controlar a taxa de açúcar no sangue e manter sua saúde auditiva saudável.
Fonte: G1